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Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

por Universo Jatoba

Já faz 125 anos que nos livramos do flagelo da escravidão. Já faz 44 anos que a ONU criou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial em resposta a um protesto do Congresso Pan- Africano contra normas que segregavam os negros. Já faz 25 anos que  o racismo se tornou crime inafiançável no Brasil por meio da Constituição de 1988.

Mas os resquícios da discriminação ainda pulsam. E em alguns casos com ironia. Refiro-me ao pastor Marcos Feliciano, que mesmo acusado de homofobia e racismo, foi eleito líder da Comissão de Direitos Humanos e Minorias no último dia 13 de março. O sujeito já chegou a dizer absurdos como “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé.”

Pessoas influentes no mundo ainda lidam com situações constrangedoras. A cantora Rihanna também foi vítima de preconceito racial em um hotel em Lisboa durante uma turnê. Ela contou pelo Twitter que um homem disse coisas horríveis sobre as mulheres negras e afirmou, inclusive, que não deveriam se hospedar no mesmo hotel. Outro caso foi protagonizado pela apresentadora Oprah Winfrey. Ela disse ter sido vítima de preconceito ao ser impedida de entrar em loja da grife Hermés, em Paris.

Situação parecida enfrentou a nossa jornalista Glória Maria. Ela foi a primeira repórter negra da TV brasileira e já relatou em algumas entrevistas como foi sentir isso na pele, inclusive quando chegou a apresentadora do Fantástico, na Rede Globo. Em 1976, Glória chegou a processar o hotel Othon Palace, no Rio, após ser impedida de entrar pela porta da frente e convidada a usar o elevador dos fundos do local.

Nesta luta pelo combate ao racismo, o destaque vai para o cantor e compositor Gilberto Gil, a quem Câmara Municipal de Salvador concedeu a medalha Zumbi dos Palmares, dedicada a pessoas que atuam e se dedicam ao tema não só em Salvador, mas em todo o Estado da Bahia.

Deixo para vocês uma frase do grande Nelson Mandela. Ex-presidente da África do Sul, ele também foi líder do movimento contra o Apartheid, regime de segregação racial, que durou de 1948 a 1994 na África do Sul:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinados a amar”.

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